Fuga do real
Danço um tango no teto,
Enquanto do real me despeço,
Relativizo tudo e contesto,
Reflito, apuro e recomeço.
Se não faz mais sentido que vai
Afora de mim, do meu ser,
Que venham outros haicais,
Daqueles prazerosos de se ler.
Os donos da “verdade” estão por aí,
Com seus discursos inflamados,
Carregam a verdade do existir,
E fazem legiões de enganados.
Essa viagem é sóbria,
De um louco por opção,
Ela é clara, não é sombria,
Partiu de uma decisão.
Tadeu Marcato
Foto: google
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